terça-feira, 13 de julho de 2010

Revista Capricho entrevista o Blink 182 – mar 2004


Landon, Ava, e Jack. Essas três crianças mudaram bastante a vida de Travis, Tom e Mark, do Blink 182, seus pais respectivamente. A mudança acabou explícita no último álbum da banda. Os caras assumem que o som está, sim, mais maduro. Mais juram que como pessoas, “ainda somos os mesmos idiotas”, diz Tom na entrevista a seguir.

Capricho: A crítica acha o som mais maduro. Vocês concordam?

Mark: Não sei se é mais maduro... Sempre buscamos escrever músicas melhores, a cada disco. É normal que esteja um passo à frente dos anteriores. Tentamos arranjos e instrumentos diferentes, ampliamos os temas.
Tom: Mas não tem a ver com nossas personalidades. A maturidade é só na música.

Capricho: Vocês três tiveram filhos entre o disco anterior e este. Isso teve algum impacto no som da banda?

Travis: Se você está apaixonado e teve um bebê, isso é maravilhoso. E vai para a música.
Mark: Tudo o que acontece na nossa vida influência a música. Ser pai muda a sua maneira de ver o mundo.
Tom: Nós três, individualmente, trazemos coisas novas. Travis vive na bateria. Eu e Mark, nas guitarras. Neste CD quando nós reunimos para mostrar as idéias de cada um foi incrível. Tudo fazia bastante sentido junto.
Mark: Sempre nós reunimos fazemos as músicas e aí vamos para estúdio. Desta vez montamos o estúdio numa casa. Nos mudamos para lá e íamos compondo, gravando e mexendo. Era emocionante. Não ficou chato.

Capricho: O novo disco leva o nome da banda. Tem alguma explicação, já que os anteriores tinham títulos?

Mark: Acho que depois do Enema of The State e Take Off Your Pants and Jacket, as pessoas esperavam a gozação no nome. Como era esperado, a gente não quis fazer.

Capricho: Vocês não cansam de responder sempre as mesmas perguntas?


Mark: Sim, mas se eu fosse o entrevistador também faria perguntas parecidas. A diferença está em achar a maneira mais legal de pergunta-lás o que as pessoas querem saber, não tem como fugir.


Capricho: Vocês viviam apertados em vans, hoje têm aviões fretados, quando precisam. Como é ter sucesso e grana?

Tom: Ainda andamos de van pra caramba, para não esquecer de onde viemos. Hoje, só usamos os ônibus e os jatos particulares porque somos forçados [risos]. Demorou até termos dinheiro para pagar alguém para carregar os equipamentos. Lavávamos tudo nas costas, dormíamos no chão. É louco ver essa estrutura hoje, hotel para equipe... Mas também somos bons no que fazemos, somos profissionais pra caramba e trabalhamos muito para chegar até aqui.

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