Mark Hoppus fala sobre o fim do blink 182 e sua nova banda, o +44.
MH: Olá b182. Muito obrigado por me dar a oportunidade de responder essas perguntas que vocês mandaram. Eu sei que faz muito tempo , e que não falo publicamente de muitas dessas coisas faz 1 ano e meio. Eu tenho muito a dizer, então espero q vocês gostem de ler...
1. Por que o nome +44? A gente sabe que é o código de Londres, mas por que vocês o escolheram como o nome da banda?
MH: A gente escolheu +44 por que Londres foi o primeiro lugar onde nós começamos a falar sobre isso. A gente ama Londres. Não posso esperar pra voltar pra lá em turnê. Na verdade, não posso esperar pra voltar a fazer turnês.
2. Lendo em vários artigos, o som do +44 parece ter mudado no último ano, e se distanciou do som eletrônico que vocês originalmente descreveram. Apartir desse ponto de vista, o que você diria sobre o som do +44, e que bandas você compararia com o +44?
3. Originalmente, +44 incluía uma garota chamada Carol Heller. O que aconteceu com ela, e por que ela não está mais na banda?
4. Como o Chance e o Craig se envolveram com o +44, e quanto eles contribuíram no processo de composição do álbum?
MH: Eu vou lhes dar a história completa do +44 hoje, e eu acho q isso vai responder essas 3 perguntas. Legal? Espero q sim. Aqui vai... Depois q o Tom saiu do blink-182, eu e o Travis começamos a gravar músicas novas. Quando a gente começou a juntar e colocar essas idéias em prática, a gente tava gravando no porão dele e na minha sala de jantar.A gente tava usando baterias eletrônicas, teclados, plugging e guitarras direto no computador. Por necessidade, tudo era completamente eletrônico, e era bacana testar essas idéias novas de uma maneira diferente do que começar toda música com guitarra. Travis fazia uma batida na bateria eletrônica dele, talvez uma parte de teclado, eu adicionava uns elementos, depois um acorde de guitarra, outro de baixo. A gente construía as músicas de trás pra frente. Eram todas demos, e a gente achou que elas tinham ficado muito iradas.A gente escreveu algumas músicas, e em uma delas, o Travis deu a idéia de que talvez uma garota podia cantar numa parte dela. Eu escrevi a letra como um tipo de chamado e resposta, e nós ligamos pra Carol, que é uma amiga da cidade do Travis, da inland empire, que cantava e tocava guitarra. Ela veio e cantou nessa música, e ficou MARAVILHOSO. Nós começamos a trabalhar em mais músicas juntos, nós três.
Eu acho que nessa altura, eu tive que ir pra Nova York pra fazer alguma coisa com o Motion City Soundtrack, e enquanto eu estava lá, me pediram pra fazer algumas entrevistas, e eu fiz. Se eu me lembro bem, eu fiz uma com o John Norris pro MTV News, e uma no Stephen’s Untitled Rock Show no canal Fuse. Obviamente os dois me perguntaram sobre a banda nova. Eu lhes disse a verdade, que tudo era bem eletrônico, que eu, o Travis e Carol estávamos escrevendo músicas, e que nós estávamos muito excitados com elas. Mais ou menos na mesma época,e m L.A., o Travis deu umas entrevistas e perguntaram pra ele a mesma coisa e ele respondeu o mesmo que eu.
Quando nós voltamos para o Studio(porão/sala de jantar) nós começamos a conversar sobre as entrevistas. Foi estranho falar sobre a música que nós ainda estávamos começando a construir.Não pareceu legal falar sobre isso ainda. A gente tava falando apenas de idéias. Nós tínhamos demos de algumas músicas, mas nada que tivesse sido propriamente gravada, muito menos preparadas pra mixar ou lançar. A gente tava apenas começando. Então, a gente parou de falar publicamente sobre o assunto. Por isso que vocês não escutavam a gente falar nada sobre o +44 até agora. A gente realmente queria que essa banda fosse sobre a MÚSICA. Deixar a MÚSICA falar por si própria. Se a gente estivesse o tempo todo lá falando sobre a banda antes do álbum, o que mais a gente diria além de:“nós estamos compondo e gravando músicas, e nós falaremos sobre elas quando tivermos acabado?” Nós nos fechamos completamente pra imprensa, e contentes, nos trancamos no estúdio pra fazer músicas.
Um pouco depois disso, na primavera de 2005, nós convidamos nosso amigo Shane pra tocar em algumas músicas com a gente. Shane é um outro amigo antigo do Travis. Ele tocava numa banda chamada Nervous Return, que era do selo La Salle Records, e fez várias turnês com o blink-182, então nós já éramos amigos. Uma noite ele levou a guitarra dele lá pro porão, nós tocamos as demos pra ele, e ele começou a compor acordes de guitarra pra elas. Foi um encaixe perfeito. Shane é um ótimo guitarrista, que ama punk rock.Ele pode te dizer tudo da história dos Ramones,e do New York Dolls.Ele também ama The Cure e todas as paradas góticas, tudo desde o Interpol até todo o resto. O conhecimento de música que ele tem é sinistro. Shane traz elementos fortes de guitarra para o +44, baseado em idéias melódicas. Até aquela altura, eu é que estava tocando todas as partes de guitarra, e quando ele chegou, a gente passou a revezar na hora de gravar. Todas as nossas músicas são totalmente feitas em colaboração, e o Shane teve a mão dele em todas. Ele passa o dia todo no estúdio tocando guitarra, seja quando ele ta gravando, ou quando não está gravando, ou até mesmo quando outras pessoas estão gravando ou simplesmente conversando. O que eu posso dizer? O cara adora a guitarra. A gente continuou a compor.
Já em Outubro, Travis e eu compramos um estúdio. Esse foi nosso ponto de partida. O laboratório foi aberto. Nós mudamos todo o equipamento pra lá, e todo a direção da banda mudou. Nós podíamos tocar bateria, sons distorcidos de guitarra. Eu podia gritar feito um doido. Foi ótimo. Passamos a regravar as demos como músicas de verdade. A gente as gravou e regravou. Alguns dos elementos eletrônicos nelas ficaram mais orgânicos. Nós deixamos alguma coisa de eletrônico. Algumas, nós exageramos mais. Nós destruímos tudo que tínhamos feito naquela época desde o início, e reconstruímos. Todo o som voltou a ser mais rock, combinado com elementos eletrônicos. Eu tava fazendo praticamente todo o vocal. Com a nova direção que a gente tomou, e o fato que a Carol queria começar uma família, ela seguiu seu caminho,e a gente o nosso. Está tudo bem entre a gente. Eu falei com ela hoje. Não teve mágoa entre nós.
Quando a gente tava a 3/4 do caminho do CD, nosso amigo Craig entrou. Com o forte elemento rock que a música tinha, a gente sabia que ia precisar de um 2º guitarrista, e de uma 2ª voz no palco. Craig entrou e nós o mostramos algumas músicas, ele as tocou, nós conversamos um pouco,e no fim do dia perguntamos se ele queria ser o 4º membro do +44. Desde então, ele tem sido uma parte igual no nosso álbum. Gravando a guitarra, escrevendo partituras, fazendo um vocal aqui e ali. Eu não sei que cor o cabelo dele vai estar quando a gente começar a turnê daqui a uns meses, mas ele será o cara no lado esquerdo do palco.
E isso nos traz até hoje. Respondendo a pergunta a o que eu comparo minha música, eu não tenho idéia, e nem consigo começar a pensar. Vou deixá-los ouvir o CD, aí vocês mesmos podem decidir a que comparar. Pra mim, o melhor jeito que posso descrever é: eu, Travis, Shane e Craig trancados em um estúdio, compondo a melhor música que a gente pode. Eu amo nosso álbum. Esse foi o melhor e mais difícil ano e meio das nossas vidas. Nós nos propusemos a fazer coisas que a gente nunca achou que poderia fazer, e estamos muito felizes em ter esse álbum terminado e finalmente sendo lançado.
5. O que te deu a idéia de começar o seu prório Podcast, E vc vê o ‘Morning Zoo’ continuando mesmo com o +44 em turnê?
MH: Ah, o Morning Zoo!! A história atrás do himynameismark é bem simples. A Apple Computers falou com o meu empresário sobre eu fazer um podcast de músicas, e nos pareceu uma boa idéia. Naquela época só existia um ou outro podcast de músicas. Nós passamos a gravá-lo na minha casa em algumas semanas, falando de nada em especial, entrevistando bandas das quais éramos fãs, e tocando músicas que gostávamos. Honestamente eu não faço a mínima idéia do por que isso fez sucesso. Quando o primeiro foi ao ar, a empresa que estava no comando previu que iríamos ter uma certa quantidade de downloads, e no 1º dia nós tivemos 10 vezes mais downloads do que eles acharam que teríamos no mês todo. Todo mundo passou a comentar sobre o morning zoo. Foi à coisa mais irada. Eu estava almoçando um outro dia, e o gerente do restaurante, um cara que devia ter uns 40 anos, veio até a mim e começou a me fazer perguntas sobre o podcast, dizendo que escuta desde que o primeiro saiu, e o quanto ele era fã do American Analog Set. Aleatório e maneiro.
E sim, eu com certeza vou fazer o podcast na estrada. Vocês vão escutar sobre o que está acontecendo por lá. Vocês vão ouvir entrevistas com outras bandas. Vocês vão ouvir sobre o cara que lava o ônibus e um bando de outras coisas que vocês não estão nem um pouco interessados. Ele vai deixá-lo balançando sua cabeça e se perguntando:”Pra onde diabos foi a última meia hora da minha vida?”
6. Há 15 anos atrás você estava apenas começando numa pequena banda chamada Blink-182. Desde então, essa banda cresceu pra ser uma das mais populares na cena punk rock, vendendo milhões e milhões de discos pelo mundo afora. Como você se vê nos próximos 15 anos? Você pretende continuar com +44?
MH: Há 15 anos trás eu tinha acabado de me formar no colegial, e tocava numa banda de garagem com os meus amigos, e nunca em 1 milhão de anos, eu imaginaria que seria sortudo o suficiente pra estar onde estou nesse momento. Eu não faço a mínima idéia aonde eu vou estar daqui a 15 anos. Mas sim, eu definitivamente estarei tocando música. Sim, nós planejamos em continuar com o +44 por um bom tempo. Isso não é um projeto paralelo, ou algo temporário. Isso é o nosso amor e carreira.
7. Você acha que o +44 vai ser tão bem sucedido quanto o Blink-182?
MH: Eu me sinto abençoado por ter sido capaz de fazer o que a gente fez com o blink-182. Como eu disse antes, foi além do que eu podia imaginar. Tudo o que nós podemos fazer é compor a melhor música que pudermos, e lançá-la. Já se vai fazer tanto sucesso quanto o blink-182 vai depender de vocês. Eu espero que seja.
8. As circunstâncias as quais giram em torno do “hiatus” do blink ainda são baseadas em boatos. Tom falou vagamente sobre isso em algumas entrevistas. Você poderia nos dar o seu lado da história, e nos explicar exatamente o que aconteceu, como aconteceu e o porque de ter acontecido? Deve ter sido algo bem ruim para a banda ter cancelado um show beneficente no último minuto.
MH: A coisa toda começou alguns meses antes da última turnê Européias. A gente estava conversando e planejando uma turnê norte americana do self-titled no final primavera. Nosso empresário nos encorajou e nos empurrou pra fazer essa turnê, dizendo que era uma ótima idéia, e que apoiaria nosso 4º single(Always). Todos nós concordamos. Todos nós queríamos fazer a turnê. A turnê que a gente estava fazendo, eu acho que foi a que eu mais me diverti na estrada. Os shows eram maravilhosos, a gente amava as músicas que tocávamos, e a reação era incrível. O plano era o blink terminar a turnê Européia, tirar Janeiro e Fevereiro de folga, e continuar a turnê em Março e Abril, ou algo do tipo. Nós tínhamos uma equipe bem grande (roadies,técnicos de guitarra,gerente de turnê,equipe de produção,etc.) que tiraram uma folga, mas que foram avisados que estariam trabalhando com o blink PELO MENOS até o fim da primavera, e possivelmente além disso. Todo mundo concordou com isso, e a turnê foi montada.
Um pouco depois, o Tom começou a dizer que ele NÃO QUERIA fazer turnê, que ele tava esgotado, e que queria ficar em casa. Ele queria cancelar a turnê. Imediatamente o nosso empresário ligou, mudando de opinião também. Eu estava num aeroporto em Singapura, indo pra Nepal, e ele me liga me dizendo que ele agora achava que nós não devíamos entrar em turnê. Essa é uma boa indicação do relacionamento entre o nosso antigo empresário e o blink naquela época. Naquela altura, ele basicamente tava empresariando o Tom. O Tom mudou de opinião sobre a turnê, aí depois o nosso empresário também. Estranho, certo? Puto da vida, e fui pro Nepal e Bhutan, e mais tarde me encontrei com o Travis e Tom em Londres pra começar a turnê.
No 1º show, nosso antigo empresário voou pra lá e nos sentou no camarim antes do show. Ele precisava ter uma reunião sobre a turnê na primavera. Ele e o Tom sentaram num lado do camarim, e eu e o Travis do outro. Nosso antigo empresário falou tudo. Ele anunciou que o Tom não queria mais fazer turnês. Ele precisava de um tempo. Ele estva “cansado de tocar músicas” e queria ficar com a família dele. A turnê de primavera ia ser cancelada. Eu e o Travis ficamos chocados. Depois daquela turnê, nós teríamos 2 meses de folga. 2 meses não eram suficientes pra relaxar e ficar com a família? Quem no mundo tem 2 meses de folga pra ficar com a família? Mas não era o suficiente. Ele precisava de tempo. De muito mais tempo. Eu e o Travis falamos:"ok, se você não quer fazer a turnê, que tal então ficarmos em casa e gravarmos o próximo álbum?” Nós tínhamos muitas idéias e estávamos prontos pra colocá-las em prática. E o Tom podia ficar com a família dele. Mas ele também não queria isso. Ele estava esgotado e só queria parar. Nós perguntamos a ele quanto tempo ele precisava,e ele disse que não sabia. A conversa esquentou e durou por umas 2 ou 3 horas. Ela dava voltas e o resultado final era a turnê cancelada, e a gente sem ter a mínima idéia quando o blink iria fazer outra coisa. Eu e o Travis falamos pro Tom e pro nosso antigo empresário que a gente não tava afim de ficar coçando o saco por 6 meses, e que a gente ainda queria compor e tocar músicas. Eles entenderam e concordaram. Uns dias depois o Tom nos disse que precisava de 6 ou mais meses de folga.Toda nossa equipe teve que saber que os 6 meses de trabalho que havia sido prometido tinha sido cancelado, depois do fim da turnê Européia 10 dias depois. Isso foi umas semanas antes do natal.O clima no resto da turnê foi bem amargo. Todo mundo tava chateado. Todo mundo havia sido demitido. Aquilo tudo pelo descanso de apenas 1 pessoa. Mas os shows foram fodidos!
Eu e o Travis ficamos super chateados e putos com a posição que tínhamos sido colocados. A gente entendia que o Tom queria tempo com a família dele. Todos nós queríamos. Todos nós amamos nossa família e queremos tempo com elas. Mas ao mesmo tempo, esse é o nosso emprego. Nós somos muito sortudos por fazer o que a gente faz do jeito que a gente faz. Nós amamos o que fazemos e queremos continuar a fazer o nosso trabalho, e isso tava sendo tirado da gente. Nós não tínhamos direito de opinião. Blink 182 era uma democracia desde o primeiro dia, e no fim não era mais. Era tudo sobre 1 pessoa. Foi muito feio. Muito mesmo. Então nós fomos pra casa e começamos a nossa folga de 6 meses.
Depois do natal, a tsunami, e um pouco depois disso eu liguei pro nosso antigo empresário pra falar da possibilidade de fazer algum tipo de show beneficente. Eu senti que nós precisávamos fazer algo. Eu sabia que a gente tava no “período de folga” do Tom, então eu disse que eu poderia fazer um acústico, ou eu e o Travis poderíamos achar um guitarrista pra 1 show só. Eu sei que houve algumas declarações por aí que eu tava marcando shows pro blink sem avisar ninguém. Isso é absolutamente uma mentira. Eu liguei pro nosso antigo empresário e ofereci fazer o show sem o Tom, mas o Tom também queria ajudar as vítimas do tsunami, então nosso antigo empresário marcou pra gente fazer esse show beneficente em Pond. Fazia um tempinho que a gente não tocava, então nós marcamos alguns ensaios 1 semana antes do show.
Nesse primeiro ensaio, nós começamos a discutir sobre a nossa folga forçada, o greatest hits, e sobre a possibilidade de gravar o próximo álbum. O Tom disse que no próximo álbum do blink, ele SÓ gravaria na casa dele em San Diego. Ele não iria pra Los Angeles. Ele não viajaria pra nenhum lugar pra gravar. Ele queria que eu e o Travis gravássemos nossa parte em Los Angeles, como a gente queria, e então mandar pra ele em San Diego, pra ele trabalhar de lá. Só um parênteses, no último álbum do blink, o Travis dirigia todo dia de Los Angeles para o estúdio em San Diego pra gravar as partes dele. Mas o Tom não ia sair da casa dele. Era nesse ponto que a nossa banda chegou.
O Tom tava decidindo quando nós iríamos fazer turnês, como iríamos faze-las, quando teríamos folga, quando a gente iria gravar, e como poderíamos gravar. Uma pessoa estava ditando tudo. A gente disse isso pra ele. As coisas esquentaram. A gente falou pra ele que se a gente iria gravar o álbum separadamente, em estúdios diferentes, nossa banda estava parando de ser uma BANDA. A mágica criada no estúdio quando nós 3 estamos lá JUNTOS, trabalhando nas partituras, discutindo, às vezes brigando, tudo pra impulsionar o álbum. Tentar montar um CD mandando músicas via email pra trabalhar em estúdios privados era ridículo. Iria prejudicar o álbum todo . Ele seria péssimo. Nós perguntamos pro Tom se ele estava preparado pras conseqüências do que aquilo significava. Nós realmente iríamos sacrificar a qualidade da nossa música pra conveniência da insistência dele de gravar o álbum somente na casa dele em San Diego? A gente disse: “Você está tentando controlar tudo, e isso é errado.” Ele disse que não poderia fazer parte de nada que ele não pudesse controlar, e abandonou o ensaio.
No dia seguinte o nosso empresário ligou e nos informou que: “a partir de hoje, Tom DeLonge não é mais um membro do blink-182." Ele disse pra gente não tentar ligar pro Tom, que ele já tinha mudado de telefone, e que não queria falar com a gente. E foi assim que terminou. Depois de 13 anos sendo uma banda juntos, centenas de milhares de turnês, inúmeros shows tocados, e 7 álbuns lançados, Tom nem ao menos ligou pra sair da banda. O empresário dele fez por ele.
9. Tom declara "Eu acho que Mark e o Travis vão morrer pensando que eu fiz isso porque eu tinha um plano maior em fazer outra banda ou fazer sozinho sem eles. “É assim que você se sente? Tom demonstrou algum sinal de que ele iria começar outra banda?
MH: Sim, nosso empresário antigo costumava comentar sobre o fato de o Tom querer fazer algo solo. Teve um ponto em que teve e-mails circulando por ae que foram acidentalmente passados a mim, falando sobre o Tom iniciar uma carreira solo. Não muito tempo depois do Tom largar o blink-182 "para passar mais tempo com sua família", ele foi a um estúdio começar sua nova gravação. Quando o nosso empresário antigo me disse que Tom estava começando a gravar, eu perguntei a ele como Tom chamava esse novo projeto dele. Ele me disse "Ele está chamando de Tom Delonge." Mais tarde mudou para Angels and Airwaves.
10. Não há como esconder o grande desapontamento de muitos fãs em relação a "We Don't Need To Whisper". Qual a sua opinião sobre a nova banda do Tom? A má cobertura da imprensa no AVA mudou sua maneira de promover a +44?
MH: Olha, eu sempre gostei da música do Tom. Eu escrevi música com ele por 13 anos, e sempre respeitei e admirei sua arte de criar ótimas músicas. Eu gosto de pensar que nós motivamos e inspiramos um ao outro a criar músicas melhores e melhores, e eu me orgulho da música que blink-182 lançou, especialmente no último disco. De qualquer forma, o novo álbum dele não me surpreendeu de maneira alguma. Os versos no primeiro single eram legais, mas tudo simplesmente desmorona depois disso. O resto das músicas no álbum pareciam longas e repetitivas. Eu ficava pensando "perae, eu já não escutei essa música?" Em todas as faixas, eu estava esperando algo bater, pelo resto da música chegar aquele ponto máximo, mas pra mim nunca chegou. Parecia que havia algumas boas idéias lá querendo sair, mas nunca chegaram aonde precisavam ir. Pra mim, eu sempre amei a simplicidade honesta e beleza nas músicas e letras do Tom. Esse novo álbum pareceu forçado e auto-importante. Como se ele tivesse batendo os pés e insistindo "EU SOU UM ARTISTA AGORA!!!" Como se ele estivesse mais interessando em FALAR sobre fazer músicas boas do que apenas FAZER músicas boas. Musicalmente, eu acho que Tom era mais forte no passado. Essa é a minha opinião honesta do álbum.
11. Numa entrevista recente, Travis disse que agora nós estávamos vendo “como o verdadeiro Tom é”. O que ele quis dizer com isso e você concorda?
MH: A coisa estranha é, a pergunta real que nos colocara saiu assim: "Depois da declaração escandalosa de Tom no decorrer do ano passado, que Deus escreveu metade do álbum dele, que era a melhor música escrita em 20 anos, que seu álbum mudaria o mundo, que iria vender milhares e milhares de cópias, o que você tem a dizer agora que o álbum dele é visto como um fracasso, e obviamente não mudou coisa nenhuma? Esse é um novo lado do Tom que você nunca viu, ou as pessoas finalmente estão vendo o verdadeiro Tom?" Travis respondeu honestamente, e sim eu concordo com ele.
12. Todos nós sabemos que o Tom toca um pedaço da música 'Down' nos seus shows da AVA. Como você se sente com o Tom fazendo isso, e você planeja tocar alguma música do Blink em seus shows da +44?
MH: Tom pode tocar o que ele quiser em seus shows. É o direito dele. Qualquer banda no mundo pode tocar qualquer música que eles quiserem nos shows deles. Tendo isso dito, eu acho que é de mau gosto ele tocar músicas do blink nos shows dele. É desrespeitoso com os fãs. É desrespeitoso com o legado do blink-182. Ele largou o blink-182. Como você larga uma banda e então toca músicas dessa banda nos seus shows, e quer manter uma cara honesta fazendo isso?
Travis e eu poderíamos fazer tour como blink-182 se quiséssemos. Nós poderíamos contratar um novo guitarrista e ir pra estrada. Seria o nosso direito, já que o Tom largou a banda. É claro que nós não temos planos de fazer isso. Blink-182 era nós três. Toda a coisa seria insicera. Não nós não vamos tocar músicas do blink nos shows da +44.
13. Tom alega que você nunca disse a ele sobre a +44 e que ele leu a respeito numa revista depois. Isso é verdade?
MH: Não. Quando Tom nos disse que iria tirar meio ano de folga, eu e Travis dissemos a Tom e nosso empresário antigo que nós não iríamos ficar sem fazer nada durante esse tempo. Nós amávamos escrever música e queríamos trabalhar. Nós queríamos estar no estúdio escrevendo. Eles falaram é claro, que entendiam. Sempre fomos honestos sobre o que estávamos fazendo. Mesmo depois de Tom largar a banda, e nós ainda estávamos falando com o empresário, no dia seguinte que eu e o Travis fomos começar a escrever músicas, eu liguei pro escritório do nosso empresário antigo e falamos a eles "ok, eu e Travis vamos pro estúdio hoje. Eu só estou ligando pra vocês saberem."
Obviamente, como Tom mudou seu número e não estava falando com ninguém, eu não podia ligar diretamente pra ele e dizer "Ei, você largou a banda. Eu e Travis vamos começar algo novo." Mas nós fizemos tudo que podemos para sermos corretos e honestos sobre o que estávamos fazendo e porquê. Nunca houve nada secreto sobre a +44. Tom largou a banda no meio de Fevereiro de 2005, e nós não começamos a fazer demos até lá por Março. Ele achou que eu e Travis iríamos parar de tocar música juntos depois que ele largasse?
14. Você vê você e o Tom se encontrando novamente em algum ponto, mesmo apenas numa decisão de negócios com a Atticus ou Macbeth? Ou você acha que esse é o verdadeiro fim da sua amizade com ele?
MH: Eu estou na verdade no processo de vender minha parte da Atticus, Macbeth e Loserkids. Eu não estive envolvido criativamente em nenhuma das companhias em quase um ano. É por isso que você não vê fotos minhas ou qualquer menção ao meu nome nos sites, catálogos, etc. Nós começamos as companhias como uma maneira divertida de ser criativo e trabalhar com nossos amigos, e no decorrer do último ano e meio, parou de ser divertido. Pessoalmente, eu não me importo com a direção das companhias, ou como elas estão sendo dirigidas, então Tom e o outro dono vão seguir o caminho deles com as companhias, e eu estou seguindo o meu. Eu desejo a todos os funcionários de lá muita sorte no futuro. Só não é mais pra mim.
E se eu e Tom seremos amigos de novo, eu não sei dizer.
15. Vocês tinham algumas músicas novas que não foram lançadas antes do Blink-182 terminar? Se sim, você acha que os fãs terão alguma chance de ouví-las?
MH: Sim nós tínhamos. Na última tour norte-americana, nós pegamos aparelhos e montamos um estúdio demo no camarim todo dia. Durante as longas horas no decorrer do tour, nós íamos lá deixar idéias para o próximo álbum do blink-182. Houve algumas músicas legais nesse camarim. Depois do Tom largar, nosso empresário antigo ligou e disse que ele iria pegar umas idéias do que nós começamos na tour e regravá-las para a nova banda do Tom. Quando o disco do Angels and Airwaves saiu, eu estava realmente louco para ouvir o que viraram aquelas idéias. Tinha alguns ótimos começos naquelas demos. Eu estava realmente desapontado com o que elas viraram, no entanto, pelos mesmos motivos que eu mencionei acima. Eu pensei que eles iriam fazer ótimas músicas do blink-182, mas algo se perdeu na tradução.
16. O que você desejava que tivesse sido diferente com o blink? O que mais se destaca?
MH: Nadinha. Eu amei todo minutinho do blink-182. A experiência toda foi um sonho realizado. Nós começamos numa garagem, e terminamos tocando em arenas. Nós escrevemos músicas que amávamos, viajamos ao redor do mundo, e vendemos milhões de álbuns. Nós fomos apoiados pelos fãs mais maravilhosos do mundo. Como eu poderia desejar que algo tivesse sido diferente?
17.Qual foi a música mais pessoal que você já escreveu(+44 e/ou Blink)?
MH: Hmm, é difícil escolher uma só. São todas pessoais por diferentes razões. Eu espero que seja legal se eu lhes der as mais pessoais. Aqui vão:
Adam’s Song, Apple Shampoo, Dammit,, Every Time I Look for You, Go, Lemmings, M+M’s, Man Overboard, Stockholm Syndrome, and Wendy Clear do blink-182. E todo o álbum do +44. Esse álbum é, de longe, o mais pessoal e mais lírico álbum que eu já compus. As palavras são tudo que há dentro de mim colocadas num CD. Esse foi o álbum mais pessoal que todos nós já escrevemos. Vocês querem saber quem somos, o que nós pensamos, ou como nos sentimos? Ouça o CD do +44.
18. Houve muitos rumores sobre o que aconteceu com o baterista original do Blink, Scott Raynor. Para deixar as coisas claras de uma vez por todas, o que realmente aconteceu?
MH: As razões por trás do Scott ter saído da banda não estavam relacionadas ao blink, lidam com coisas pessoais que ele estava tendo na época. Eu não acho legal discutir esses problemas sem a permissão dele. Então em respeito ao Scott, eu vou passar essa questão. Ele deu algumas entrevistas que eu vi onde ele falou sobre isso, e eu vou deixar essas respostas para você.
19. Se você pudesse dizer alguma coisa pro Tom o que você diria?
MH:Que cabelo é esse?
20. Qual coisa você gostaria dizer aos seus fãs?
MH: Obrigado. Obrigado por tudo. E nos vemos em breve.
MH: Olá b182. Muito obrigado por me dar a oportunidade de responder essas perguntas que vocês mandaram. Eu sei que faz muito tempo , e que não falo publicamente de muitas dessas coisas faz 1 ano e meio. Eu tenho muito a dizer, então espero q vocês gostem de ler...
1. Por que o nome +44? A gente sabe que é o código de Londres, mas por que vocês o escolheram como o nome da banda?
MH: A gente escolheu +44 por que Londres foi o primeiro lugar onde nós começamos a falar sobre isso. A gente ama Londres. Não posso esperar pra voltar pra lá em turnê. Na verdade, não posso esperar pra voltar a fazer turnês.
2. Lendo em vários artigos, o som do +44 parece ter mudado no último ano, e se distanciou do som eletrônico que vocês originalmente descreveram. Apartir desse ponto de vista, o que você diria sobre o som do +44, e que bandas você compararia com o +44?
3. Originalmente, +44 incluía uma garota chamada Carol Heller. O que aconteceu com ela, e por que ela não está mais na banda?
4. Como o Chance e o Craig se envolveram com o +44, e quanto eles contribuíram no processo de composição do álbum?
MH: Eu vou lhes dar a história completa do +44 hoje, e eu acho q isso vai responder essas 3 perguntas. Legal? Espero q sim. Aqui vai... Depois q o Tom saiu do blink-182, eu e o Travis começamos a gravar músicas novas. Quando a gente começou a juntar e colocar essas idéias em prática, a gente tava gravando no porão dele e na minha sala de jantar.A gente tava usando baterias eletrônicas, teclados, plugging e guitarras direto no computador. Por necessidade, tudo era completamente eletrônico, e era bacana testar essas idéias novas de uma maneira diferente do que começar toda música com guitarra. Travis fazia uma batida na bateria eletrônica dele, talvez uma parte de teclado, eu adicionava uns elementos, depois um acorde de guitarra, outro de baixo. A gente construía as músicas de trás pra frente. Eram todas demos, e a gente achou que elas tinham ficado muito iradas.A gente escreveu algumas músicas, e em uma delas, o Travis deu a idéia de que talvez uma garota podia cantar numa parte dela. Eu escrevi a letra como um tipo de chamado e resposta, e nós ligamos pra Carol, que é uma amiga da cidade do Travis, da inland empire, que cantava e tocava guitarra. Ela veio e cantou nessa música, e ficou MARAVILHOSO. Nós começamos a trabalhar em mais músicas juntos, nós três.
Eu acho que nessa altura, eu tive que ir pra Nova York pra fazer alguma coisa com o Motion City Soundtrack, e enquanto eu estava lá, me pediram pra fazer algumas entrevistas, e eu fiz. Se eu me lembro bem, eu fiz uma com o John Norris pro MTV News, e uma no Stephen’s Untitled Rock Show no canal Fuse. Obviamente os dois me perguntaram sobre a banda nova. Eu lhes disse a verdade, que tudo era bem eletrônico, que eu, o Travis e Carol estávamos escrevendo músicas, e que nós estávamos muito excitados com elas. Mais ou menos na mesma época,e m L.A., o Travis deu umas entrevistas e perguntaram pra ele a mesma coisa e ele respondeu o mesmo que eu.
Quando nós voltamos para o Studio(porão/sala de jantar) nós começamos a conversar sobre as entrevistas. Foi estranho falar sobre a música que nós ainda estávamos começando a construir.Não pareceu legal falar sobre isso ainda. A gente tava falando apenas de idéias. Nós tínhamos demos de algumas músicas, mas nada que tivesse sido propriamente gravada, muito menos preparadas pra mixar ou lançar. A gente tava apenas começando. Então, a gente parou de falar publicamente sobre o assunto. Por isso que vocês não escutavam a gente falar nada sobre o +44 até agora. A gente realmente queria que essa banda fosse sobre a MÚSICA. Deixar a MÚSICA falar por si própria. Se a gente estivesse o tempo todo lá falando sobre a banda antes do álbum, o que mais a gente diria além de:“nós estamos compondo e gravando músicas, e nós falaremos sobre elas quando tivermos acabado?” Nós nos fechamos completamente pra imprensa, e contentes, nos trancamos no estúdio pra fazer músicas.
Um pouco depois disso, na primavera de 2005, nós convidamos nosso amigo Shane pra tocar em algumas músicas com a gente. Shane é um outro amigo antigo do Travis. Ele tocava numa banda chamada Nervous Return, que era do selo La Salle Records, e fez várias turnês com o blink-182, então nós já éramos amigos. Uma noite ele levou a guitarra dele lá pro porão, nós tocamos as demos pra ele, e ele começou a compor acordes de guitarra pra elas. Foi um encaixe perfeito. Shane é um ótimo guitarrista, que ama punk rock.Ele pode te dizer tudo da história dos Ramones,e do New York Dolls.Ele também ama The Cure e todas as paradas góticas, tudo desde o Interpol até todo o resto. O conhecimento de música que ele tem é sinistro. Shane traz elementos fortes de guitarra para o +44, baseado em idéias melódicas. Até aquela altura, eu é que estava tocando todas as partes de guitarra, e quando ele chegou, a gente passou a revezar na hora de gravar. Todas as nossas músicas são totalmente feitas em colaboração, e o Shane teve a mão dele em todas. Ele passa o dia todo no estúdio tocando guitarra, seja quando ele ta gravando, ou quando não está gravando, ou até mesmo quando outras pessoas estão gravando ou simplesmente conversando. O que eu posso dizer? O cara adora a guitarra. A gente continuou a compor.
Já em Outubro, Travis e eu compramos um estúdio. Esse foi nosso ponto de partida. O laboratório foi aberto. Nós mudamos todo o equipamento pra lá, e todo a direção da banda mudou. Nós podíamos tocar bateria, sons distorcidos de guitarra. Eu podia gritar feito um doido. Foi ótimo. Passamos a regravar as demos como músicas de verdade. A gente as gravou e regravou. Alguns dos elementos eletrônicos nelas ficaram mais orgânicos. Nós deixamos alguma coisa de eletrônico. Algumas, nós exageramos mais. Nós destruímos tudo que tínhamos feito naquela época desde o início, e reconstruímos. Todo o som voltou a ser mais rock, combinado com elementos eletrônicos. Eu tava fazendo praticamente todo o vocal. Com a nova direção que a gente tomou, e o fato que a Carol queria começar uma família, ela seguiu seu caminho,e a gente o nosso. Está tudo bem entre a gente. Eu falei com ela hoje. Não teve mágoa entre nós.
Quando a gente tava a 3/4 do caminho do CD, nosso amigo Craig entrou. Com o forte elemento rock que a música tinha, a gente sabia que ia precisar de um 2º guitarrista, e de uma 2ª voz no palco. Craig entrou e nós o mostramos algumas músicas, ele as tocou, nós conversamos um pouco,e no fim do dia perguntamos se ele queria ser o 4º membro do +44. Desde então, ele tem sido uma parte igual no nosso álbum. Gravando a guitarra, escrevendo partituras, fazendo um vocal aqui e ali. Eu não sei que cor o cabelo dele vai estar quando a gente começar a turnê daqui a uns meses, mas ele será o cara no lado esquerdo do palco.
E isso nos traz até hoje. Respondendo a pergunta a o que eu comparo minha música, eu não tenho idéia, e nem consigo começar a pensar. Vou deixá-los ouvir o CD, aí vocês mesmos podem decidir a que comparar. Pra mim, o melhor jeito que posso descrever é: eu, Travis, Shane e Craig trancados em um estúdio, compondo a melhor música que a gente pode. Eu amo nosso álbum. Esse foi o melhor e mais difícil ano e meio das nossas vidas. Nós nos propusemos a fazer coisas que a gente nunca achou que poderia fazer, e estamos muito felizes em ter esse álbum terminado e finalmente sendo lançado.
5. O que te deu a idéia de começar o seu prório Podcast, E vc vê o ‘Morning Zoo’ continuando mesmo com o +44 em turnê?
MH: Ah, o Morning Zoo!! A história atrás do himynameismark é bem simples. A Apple Computers falou com o meu empresário sobre eu fazer um podcast de músicas, e nos pareceu uma boa idéia. Naquela época só existia um ou outro podcast de músicas. Nós passamos a gravá-lo na minha casa em algumas semanas, falando de nada em especial, entrevistando bandas das quais éramos fãs, e tocando músicas que gostávamos. Honestamente eu não faço a mínima idéia do por que isso fez sucesso. Quando o primeiro foi ao ar, a empresa que estava no comando previu que iríamos ter uma certa quantidade de downloads, e no 1º dia nós tivemos 10 vezes mais downloads do que eles acharam que teríamos no mês todo. Todo mundo passou a comentar sobre o morning zoo. Foi à coisa mais irada. Eu estava almoçando um outro dia, e o gerente do restaurante, um cara que devia ter uns 40 anos, veio até a mim e começou a me fazer perguntas sobre o podcast, dizendo que escuta desde que o primeiro saiu, e o quanto ele era fã do American Analog Set. Aleatório e maneiro.
E sim, eu com certeza vou fazer o podcast na estrada. Vocês vão escutar sobre o que está acontecendo por lá. Vocês vão ouvir entrevistas com outras bandas. Vocês vão ouvir sobre o cara que lava o ônibus e um bando de outras coisas que vocês não estão nem um pouco interessados. Ele vai deixá-lo balançando sua cabeça e se perguntando:”Pra onde diabos foi a última meia hora da minha vida?”
6. Há 15 anos atrás você estava apenas começando numa pequena banda chamada Blink-182. Desde então, essa banda cresceu pra ser uma das mais populares na cena punk rock, vendendo milhões e milhões de discos pelo mundo afora. Como você se vê nos próximos 15 anos? Você pretende continuar com +44?
MH: Há 15 anos trás eu tinha acabado de me formar no colegial, e tocava numa banda de garagem com os meus amigos, e nunca em 1 milhão de anos, eu imaginaria que seria sortudo o suficiente pra estar onde estou nesse momento. Eu não faço a mínima idéia aonde eu vou estar daqui a 15 anos. Mas sim, eu definitivamente estarei tocando música. Sim, nós planejamos em continuar com o +44 por um bom tempo. Isso não é um projeto paralelo, ou algo temporário. Isso é o nosso amor e carreira.
7. Você acha que o +44 vai ser tão bem sucedido quanto o Blink-182?
MH: Eu me sinto abençoado por ter sido capaz de fazer o que a gente fez com o blink-182. Como eu disse antes, foi além do que eu podia imaginar. Tudo o que nós podemos fazer é compor a melhor música que pudermos, e lançá-la. Já se vai fazer tanto sucesso quanto o blink-182 vai depender de vocês. Eu espero que seja.
8. As circunstâncias as quais giram em torno do “hiatus” do blink ainda são baseadas em boatos. Tom falou vagamente sobre isso em algumas entrevistas. Você poderia nos dar o seu lado da história, e nos explicar exatamente o que aconteceu, como aconteceu e o porque de ter acontecido? Deve ter sido algo bem ruim para a banda ter cancelado um show beneficente no último minuto.
MH: A coisa toda começou alguns meses antes da última turnê Européias. A gente estava conversando e planejando uma turnê norte americana do self-titled no final primavera. Nosso empresário nos encorajou e nos empurrou pra fazer essa turnê, dizendo que era uma ótima idéia, e que apoiaria nosso 4º single(Always). Todos nós concordamos. Todos nós queríamos fazer a turnê. A turnê que a gente estava fazendo, eu acho que foi a que eu mais me diverti na estrada. Os shows eram maravilhosos, a gente amava as músicas que tocávamos, e a reação era incrível. O plano era o blink terminar a turnê Européia, tirar Janeiro e Fevereiro de folga, e continuar a turnê em Março e Abril, ou algo do tipo. Nós tínhamos uma equipe bem grande (roadies,técnicos de guitarra,gerente de turnê,equipe de produção,etc.) que tiraram uma folga, mas que foram avisados que estariam trabalhando com o blink PELO MENOS até o fim da primavera, e possivelmente além disso. Todo mundo concordou com isso, e a turnê foi montada.
Um pouco depois, o Tom começou a dizer que ele NÃO QUERIA fazer turnê, que ele tava esgotado, e que queria ficar em casa. Ele queria cancelar a turnê. Imediatamente o nosso empresário ligou, mudando de opinião também. Eu estava num aeroporto em Singapura, indo pra Nepal, e ele me liga me dizendo que ele agora achava que nós não devíamos entrar em turnê. Essa é uma boa indicação do relacionamento entre o nosso antigo empresário e o blink naquela época. Naquela altura, ele basicamente tava empresariando o Tom. O Tom mudou de opinião sobre a turnê, aí depois o nosso empresário também. Estranho, certo? Puto da vida, e fui pro Nepal e Bhutan, e mais tarde me encontrei com o Travis e Tom em Londres pra começar a turnê.
No 1º show, nosso antigo empresário voou pra lá e nos sentou no camarim antes do show. Ele precisava ter uma reunião sobre a turnê na primavera. Ele e o Tom sentaram num lado do camarim, e eu e o Travis do outro. Nosso antigo empresário falou tudo. Ele anunciou que o Tom não queria mais fazer turnês. Ele precisava de um tempo. Ele estva “cansado de tocar músicas” e queria ficar com a família dele. A turnê de primavera ia ser cancelada. Eu e o Travis ficamos chocados. Depois daquela turnê, nós teríamos 2 meses de folga. 2 meses não eram suficientes pra relaxar e ficar com a família? Quem no mundo tem 2 meses de folga pra ficar com a família? Mas não era o suficiente. Ele precisava de tempo. De muito mais tempo. Eu e o Travis falamos:"ok, se você não quer fazer a turnê, que tal então ficarmos em casa e gravarmos o próximo álbum?” Nós tínhamos muitas idéias e estávamos prontos pra colocá-las em prática. E o Tom podia ficar com a família dele. Mas ele também não queria isso. Ele estava esgotado e só queria parar. Nós perguntamos a ele quanto tempo ele precisava,e ele disse que não sabia. A conversa esquentou e durou por umas 2 ou 3 horas. Ela dava voltas e o resultado final era a turnê cancelada, e a gente sem ter a mínima idéia quando o blink iria fazer outra coisa. Eu e o Travis falamos pro Tom e pro nosso antigo empresário que a gente não tava afim de ficar coçando o saco por 6 meses, e que a gente ainda queria compor e tocar músicas. Eles entenderam e concordaram. Uns dias depois o Tom nos disse que precisava de 6 ou mais meses de folga.Toda nossa equipe teve que saber que os 6 meses de trabalho que havia sido prometido tinha sido cancelado, depois do fim da turnê Européia 10 dias depois. Isso foi umas semanas antes do natal.O clima no resto da turnê foi bem amargo. Todo mundo tava chateado. Todo mundo havia sido demitido. Aquilo tudo pelo descanso de apenas 1 pessoa. Mas os shows foram fodidos!
Eu e o Travis ficamos super chateados e putos com a posição que tínhamos sido colocados. A gente entendia que o Tom queria tempo com a família dele. Todos nós queríamos. Todos nós amamos nossa família e queremos tempo com elas. Mas ao mesmo tempo, esse é o nosso emprego. Nós somos muito sortudos por fazer o que a gente faz do jeito que a gente faz. Nós amamos o que fazemos e queremos continuar a fazer o nosso trabalho, e isso tava sendo tirado da gente. Nós não tínhamos direito de opinião. Blink 182 era uma democracia desde o primeiro dia, e no fim não era mais. Era tudo sobre 1 pessoa. Foi muito feio. Muito mesmo. Então nós fomos pra casa e começamos a nossa folga de 6 meses.
Depois do natal, a tsunami, e um pouco depois disso eu liguei pro nosso antigo empresário pra falar da possibilidade de fazer algum tipo de show beneficente. Eu senti que nós precisávamos fazer algo. Eu sabia que a gente tava no “período de folga” do Tom, então eu disse que eu poderia fazer um acústico, ou eu e o Travis poderíamos achar um guitarrista pra 1 show só. Eu sei que houve algumas declarações por aí que eu tava marcando shows pro blink sem avisar ninguém. Isso é absolutamente uma mentira. Eu liguei pro nosso antigo empresário e ofereci fazer o show sem o Tom, mas o Tom também queria ajudar as vítimas do tsunami, então nosso antigo empresário marcou pra gente fazer esse show beneficente em Pond. Fazia um tempinho que a gente não tocava, então nós marcamos alguns ensaios 1 semana antes do show.
Nesse primeiro ensaio, nós começamos a discutir sobre a nossa folga forçada, o greatest hits, e sobre a possibilidade de gravar o próximo álbum. O Tom disse que no próximo álbum do blink, ele SÓ gravaria na casa dele em San Diego. Ele não iria pra Los Angeles. Ele não viajaria pra nenhum lugar pra gravar. Ele queria que eu e o Travis gravássemos nossa parte em Los Angeles, como a gente queria, e então mandar pra ele em San Diego, pra ele trabalhar de lá. Só um parênteses, no último álbum do blink, o Travis dirigia todo dia de Los Angeles para o estúdio em San Diego pra gravar as partes dele. Mas o Tom não ia sair da casa dele. Era nesse ponto que a nossa banda chegou.
O Tom tava decidindo quando nós iríamos fazer turnês, como iríamos faze-las, quando teríamos folga, quando a gente iria gravar, e como poderíamos gravar. Uma pessoa estava ditando tudo. A gente disse isso pra ele. As coisas esquentaram. A gente falou pra ele que se a gente iria gravar o álbum separadamente, em estúdios diferentes, nossa banda estava parando de ser uma BANDA. A mágica criada no estúdio quando nós 3 estamos lá JUNTOS, trabalhando nas partituras, discutindo, às vezes brigando, tudo pra impulsionar o álbum. Tentar montar um CD mandando músicas via email pra trabalhar em estúdios privados era ridículo. Iria prejudicar o álbum todo . Ele seria péssimo. Nós perguntamos pro Tom se ele estava preparado pras conseqüências do que aquilo significava. Nós realmente iríamos sacrificar a qualidade da nossa música pra conveniência da insistência dele de gravar o álbum somente na casa dele em San Diego? A gente disse: “Você está tentando controlar tudo, e isso é errado.” Ele disse que não poderia fazer parte de nada que ele não pudesse controlar, e abandonou o ensaio.
No dia seguinte o nosso empresário ligou e nos informou que: “a partir de hoje, Tom DeLonge não é mais um membro do blink-182." Ele disse pra gente não tentar ligar pro Tom, que ele já tinha mudado de telefone, e que não queria falar com a gente. E foi assim que terminou. Depois de 13 anos sendo uma banda juntos, centenas de milhares de turnês, inúmeros shows tocados, e 7 álbuns lançados, Tom nem ao menos ligou pra sair da banda. O empresário dele fez por ele.
9. Tom declara "Eu acho que Mark e o Travis vão morrer pensando que eu fiz isso porque eu tinha um plano maior em fazer outra banda ou fazer sozinho sem eles. “É assim que você se sente? Tom demonstrou algum sinal de que ele iria começar outra banda?
MH: Sim, nosso empresário antigo costumava comentar sobre o fato de o Tom querer fazer algo solo. Teve um ponto em que teve e-mails circulando por ae que foram acidentalmente passados a mim, falando sobre o Tom iniciar uma carreira solo. Não muito tempo depois do Tom largar o blink-182 "para passar mais tempo com sua família", ele foi a um estúdio começar sua nova gravação. Quando o nosso empresário antigo me disse que Tom estava começando a gravar, eu perguntei a ele como Tom chamava esse novo projeto dele. Ele me disse "Ele está chamando de Tom Delonge." Mais tarde mudou para Angels and Airwaves.
10. Não há como esconder o grande desapontamento de muitos fãs em relação a "We Don't Need To Whisper". Qual a sua opinião sobre a nova banda do Tom? A má cobertura da imprensa no AVA mudou sua maneira de promover a +44?
MH: Olha, eu sempre gostei da música do Tom. Eu escrevi música com ele por 13 anos, e sempre respeitei e admirei sua arte de criar ótimas músicas. Eu gosto de pensar que nós motivamos e inspiramos um ao outro a criar músicas melhores e melhores, e eu me orgulho da música que blink-182 lançou, especialmente no último disco. De qualquer forma, o novo álbum dele não me surpreendeu de maneira alguma. Os versos no primeiro single eram legais, mas tudo simplesmente desmorona depois disso. O resto das músicas no álbum pareciam longas e repetitivas. Eu ficava pensando "perae, eu já não escutei essa música?" Em todas as faixas, eu estava esperando algo bater, pelo resto da música chegar aquele ponto máximo, mas pra mim nunca chegou. Parecia que havia algumas boas idéias lá querendo sair, mas nunca chegaram aonde precisavam ir. Pra mim, eu sempre amei a simplicidade honesta e beleza nas músicas e letras do Tom. Esse novo álbum pareceu forçado e auto-importante. Como se ele tivesse batendo os pés e insistindo "EU SOU UM ARTISTA AGORA!!!" Como se ele estivesse mais interessando em FALAR sobre fazer músicas boas do que apenas FAZER músicas boas. Musicalmente, eu acho que Tom era mais forte no passado. Essa é a minha opinião honesta do álbum.
11. Numa entrevista recente, Travis disse que agora nós estávamos vendo “como o verdadeiro Tom é”. O que ele quis dizer com isso e você concorda?
MH: A coisa estranha é, a pergunta real que nos colocara saiu assim: "Depois da declaração escandalosa de Tom no decorrer do ano passado, que Deus escreveu metade do álbum dele, que era a melhor música escrita em 20 anos, que seu álbum mudaria o mundo, que iria vender milhares e milhares de cópias, o que você tem a dizer agora que o álbum dele é visto como um fracasso, e obviamente não mudou coisa nenhuma? Esse é um novo lado do Tom que você nunca viu, ou as pessoas finalmente estão vendo o verdadeiro Tom?" Travis respondeu honestamente, e sim eu concordo com ele.
12. Todos nós sabemos que o Tom toca um pedaço da música 'Down' nos seus shows da AVA. Como você se sente com o Tom fazendo isso, e você planeja tocar alguma música do Blink em seus shows da +44?
MH: Tom pode tocar o que ele quiser em seus shows. É o direito dele. Qualquer banda no mundo pode tocar qualquer música que eles quiserem nos shows deles. Tendo isso dito, eu acho que é de mau gosto ele tocar músicas do blink nos shows dele. É desrespeitoso com os fãs. É desrespeitoso com o legado do blink-182. Ele largou o blink-182. Como você larga uma banda e então toca músicas dessa banda nos seus shows, e quer manter uma cara honesta fazendo isso?
Travis e eu poderíamos fazer tour como blink-182 se quiséssemos. Nós poderíamos contratar um novo guitarrista e ir pra estrada. Seria o nosso direito, já que o Tom largou a banda. É claro que nós não temos planos de fazer isso. Blink-182 era nós três. Toda a coisa seria insicera. Não nós não vamos tocar músicas do blink nos shows da +44.
13. Tom alega que você nunca disse a ele sobre a +44 e que ele leu a respeito numa revista depois. Isso é verdade?
MH: Não. Quando Tom nos disse que iria tirar meio ano de folga, eu e Travis dissemos a Tom e nosso empresário antigo que nós não iríamos ficar sem fazer nada durante esse tempo. Nós amávamos escrever música e queríamos trabalhar. Nós queríamos estar no estúdio escrevendo. Eles falaram é claro, que entendiam. Sempre fomos honestos sobre o que estávamos fazendo. Mesmo depois de Tom largar a banda, e nós ainda estávamos falando com o empresário, no dia seguinte que eu e o Travis fomos começar a escrever músicas, eu liguei pro escritório do nosso empresário antigo e falamos a eles "ok, eu e Travis vamos pro estúdio hoje. Eu só estou ligando pra vocês saberem."
Obviamente, como Tom mudou seu número e não estava falando com ninguém, eu não podia ligar diretamente pra ele e dizer "Ei, você largou a banda. Eu e Travis vamos começar algo novo." Mas nós fizemos tudo que podemos para sermos corretos e honestos sobre o que estávamos fazendo e porquê. Nunca houve nada secreto sobre a +44. Tom largou a banda no meio de Fevereiro de 2005, e nós não começamos a fazer demos até lá por Março. Ele achou que eu e Travis iríamos parar de tocar música juntos depois que ele largasse?
14. Você vê você e o Tom se encontrando novamente em algum ponto, mesmo apenas numa decisão de negócios com a Atticus ou Macbeth? Ou você acha que esse é o verdadeiro fim da sua amizade com ele?
MH: Eu estou na verdade no processo de vender minha parte da Atticus, Macbeth e Loserkids. Eu não estive envolvido criativamente em nenhuma das companhias em quase um ano. É por isso que você não vê fotos minhas ou qualquer menção ao meu nome nos sites, catálogos, etc. Nós começamos as companhias como uma maneira divertida de ser criativo e trabalhar com nossos amigos, e no decorrer do último ano e meio, parou de ser divertido. Pessoalmente, eu não me importo com a direção das companhias, ou como elas estão sendo dirigidas, então Tom e o outro dono vão seguir o caminho deles com as companhias, e eu estou seguindo o meu. Eu desejo a todos os funcionários de lá muita sorte no futuro. Só não é mais pra mim.
E se eu e Tom seremos amigos de novo, eu não sei dizer.
15. Vocês tinham algumas músicas novas que não foram lançadas antes do Blink-182 terminar? Se sim, você acha que os fãs terão alguma chance de ouví-las?
MH: Sim nós tínhamos. Na última tour norte-americana, nós pegamos aparelhos e montamos um estúdio demo no camarim todo dia. Durante as longas horas no decorrer do tour, nós íamos lá deixar idéias para o próximo álbum do blink-182. Houve algumas músicas legais nesse camarim. Depois do Tom largar, nosso empresário antigo ligou e disse que ele iria pegar umas idéias do que nós começamos na tour e regravá-las para a nova banda do Tom. Quando o disco do Angels and Airwaves saiu, eu estava realmente louco para ouvir o que viraram aquelas idéias. Tinha alguns ótimos começos naquelas demos. Eu estava realmente desapontado com o que elas viraram, no entanto, pelos mesmos motivos que eu mencionei acima. Eu pensei que eles iriam fazer ótimas músicas do blink-182, mas algo se perdeu na tradução.
16. O que você desejava que tivesse sido diferente com o blink? O que mais se destaca?
MH: Nadinha. Eu amei todo minutinho do blink-182. A experiência toda foi um sonho realizado. Nós começamos numa garagem, e terminamos tocando em arenas. Nós escrevemos músicas que amávamos, viajamos ao redor do mundo, e vendemos milhões de álbuns. Nós fomos apoiados pelos fãs mais maravilhosos do mundo. Como eu poderia desejar que algo tivesse sido diferente?
17.Qual foi a música mais pessoal que você já escreveu(+44 e/ou Blink)?
MH: Hmm, é difícil escolher uma só. São todas pessoais por diferentes razões. Eu espero que seja legal se eu lhes der as mais pessoais. Aqui vão:
Adam’s Song, Apple Shampoo, Dammit,, Every Time I Look for You, Go, Lemmings, M+M’s, Man Overboard, Stockholm Syndrome, and Wendy Clear do blink-182. E todo o álbum do +44. Esse álbum é, de longe, o mais pessoal e mais lírico álbum que eu já compus. As palavras são tudo que há dentro de mim colocadas num CD. Esse foi o álbum mais pessoal que todos nós já escrevemos. Vocês querem saber quem somos, o que nós pensamos, ou como nos sentimos? Ouça o CD do +44.
18. Houve muitos rumores sobre o que aconteceu com o baterista original do Blink, Scott Raynor. Para deixar as coisas claras de uma vez por todas, o que realmente aconteceu?
MH: As razões por trás do Scott ter saído da banda não estavam relacionadas ao blink, lidam com coisas pessoais que ele estava tendo na época. Eu não acho legal discutir esses problemas sem a permissão dele. Então em respeito ao Scott, eu vou passar essa questão. Ele deu algumas entrevistas que eu vi onde ele falou sobre isso, e eu vou deixar essas respostas para você.
19. Se você pudesse dizer alguma coisa pro Tom o que você diria?
MH:Que cabelo é esse?
20. Qual coisa você gostaria dizer aos seus fãs?
MH: Obrigado. Obrigado por tudo. E nos vemos em breve.
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Entrevista traduzida por anônimo.
Entrevista traduzida por anônimo.
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